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Type: Tese
Title: Estudo de mecanismos pró-inflamatórios e leishmanicidas de Astronium fraxinifolium Schott in vitro.
Title in English: Study of pro-inflammatory and leishmanicidal mechanisms of Astronium fraxinifolium Schott in vitro.
Authors: Braga, Milena Aguiar
Advisor: Nagao-Dias, Aparecida Tiemi
Co-advisor: Santos, Flávia Almeida
Keywords: Astronium fraxinifolium;Leishmania (Vianna) braziliensis;Células RAW 264.7;Atividade leishamnicida;Atividade pró-inflamatória;Lipopolissacáride
Issue Date: 2018
Citation: BRAGA, Milena Aguiar. Estudo de mecanismos pró-inflamatórios e leishmanicidas de Astronium fraxinifolium Schott in vitro. 2018. 115 f. Tese (doutorado em Biotecnologia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
Abstract in Brazilian Portuguese: Astronium fraxinifolium Schott (Anacardiaceae), conhecida como Gonçalo-alves, é uma planta medicinal utilizada no tratamento de bronquite, tuberculose pulmonar, diarreia e hemorróidas. Apesar do amplo uso popular, estudos sobre suas atividades biológicas ainda são escassos, não havendo conhecimento sobre sua atuação no sistema imunológico. A inflamação é uma resposta protetora do organismo ao estresse causado por estímulos como infecção ou exposição a lipopolissacarídeos (LPS). Macrófagos desempenham um papel importante nesse processo. As células, tais como células RAW 264.7, são amplamente utilizadas em estudos pró ou antiinflamatórios bem como em estudos sobre ação leishmanicida. A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada considerada um problema de saúde pública. Uma das espécies causadoras da leishmaniose cutânea e mucocutânea é a Leishmania (Vianna) braziliensis. Em busca de aperfeiçoar a terapia existente, há necessidade de pesquisa de novos medicamentos alternativos com alta capacidade leishmanicida, com propriedade de estimular a resposta imune e com baixos efeitos colaterais. Dessa forma, no presente trabalho propõe se avaliar mecanismos pró-inflamatorios e leishmanicida de A. fraxinifolium. Inicialmente, realizou-se a caracterização fitoquímica do extrato etanólico da entrecasca de A. fraxinifolium (EEAF) por cromatografia líquida de alta eficiência. Seu potencial antioxidante foi mensurado pela capacidade de inibir a produção de radicais livres DPPH e ABTS. Para investigar sua atividade pró-inflamatória, foi realizado o teste de viabilidade celular. Avaliou-se a produção de óxido nítrico (NO), TNF-α e TGF-β em sobrenadantes de células RAW 264.7 estimuladas com LPS, com e sem tratamento com EEAF (31.25; 62.5 e 125 µg/mL). A expressão de RNA mensageiro para COX-2, iNOS e TGF-β também foi avaliada. Para a pesquisa da atividade leishmanicida do EEAF, o extrato (31.25; 62.5 e 125 µg/mL) foi incubado com formas promastigotas de L.(V.) braziliensis e, posteriormente com macrófagos infectados com as formas amastigotas. A produção de ânion superóxido foi dosado, bem como os níveis de TNF-α, IL-12p40, IL-4, IL-10 e TGF-β foram avaliados, assim como a expressão de mRNA para COX-2, iNOS. Foi avaliada também a presença aumentada de lisossomos. Entre os constituintes identificados no extrato o ácido cafeico, a quercetina seguida de orientina e ácido ρ-cumárico foram os principais compostos. O EEAF não demonstrou atividade antioxidante significativa. Em células estimuladas por LPS tratadas com EEAF, foi observada alta produção de NO e expressão de mRNA para COX-2, níveis elevados de TNF-α e reduzidos de TGF-β, comparados aos controles estimulados com LPS e não tratados. Quanto à avaliação da função leishmanicida, o EEAF reduziu significativamente o número de promastigotas e de amastigotas, promovendo a diminuição da produção de ânion superóxido. Na concentração de 125 μg/mL, EEAF induziu aumento dos níveis de TNF-α, IL-12p40 e expressão de mRNA para COX-2. Observou-se ainda redução dos títulos de TGF-β, IL-4 e expressão de mRNA para iNOS nas células infectadas. Além disso, evidenciou-se aumento da marcação de lisossomos nas células infectadas e tratadas com EEAF 125 μg/mL. Desta forma, podemos concluir que Astronium fraxinifolium (Schott) Spreng é um potencial candidato a ser utilizado em protocolos experimentais de leishmanioses cutâneas, uma vez que demonstrou uma capacidade pró-inflamatória e atividade leishmanicida importantes.
Abstract: Astronium fraxinifolium Schott (Anacardiaceae), known as Gonçalo-alves, is a medicinal plant used in the treatment of bronchitis, pulmonary tuberculosis, diarrhea and hemorrhoids. Despite its wide popular use, studies on its biological activities are still few. There is no knowledge about its performance in the immune system. Inflammation is a protective response of the body to stress caused by stimuli such as infection or exposure to lipopolysaccharides (LPS). Macrophages play an important role in this response. Cells, such as RAW 264.7 cells, are widely used in pro or anti-inflammatory studies as well as in leishmanicidal activity studies. Leishmaniasis is a neglected tropical disease considered a public health problem. One of the species that causes cutaneous and mucocutaneous leishmaniasis is Leishmania (Vianna) braziliensis. In order to improve existing therapy, there is a need to research new alternative drugs with high leishmanicidal capacity, with the property of stimulating the immune response and with low side effects. Thus, the present work proposed to evaluate the pro-inflammatory and leishmanicidal mechanisms of A. fraxinifolium. Initially, the phytochemical characterization of the ethanolic extract of A. fraxinifolium (EEAF) was performed by high performance liquid chromatography. Its antioxidant potential was measured by the ability to inhibit the production of free radicals DPPH and ABTS. To investigate its proinflammatory activity, the cell viability assay was performed. The production of nitric oxide (NO), TNF-α and TGF-β were evaluated in supernatants of LPS-stimulated RAW 264.7 cells with or without EEAF treatment (31.25, 62.5 and 125 μg/mL). The expression of messenger RNA for COX-2, iNOS and TGF-β were also evaluated. For the leishmanicidal activity of the EEAF, the extract (31.25, 62.5 and 125 μg/mL) was incubated with promastigote form of L. (V.) braziliensis and later with macrophages infected with the amastigote forms. The production of superoxide anion was measured, as well as the levels of TNF-α, IL-12p40, IL-4, IL-10 and TGF-β were evaluated as well as mRNA expression for COX-2, iNOS. The increased presence of lysosomes was also evaluated. Between constituents identified in the extract caffeic acid, quercetin followed by orientin and ρ-coumaric acid were the major compounds. The EEAF did not demonstrate significant antioxidant activity. High NO production and expression of mRNA for COX-2, elevated levels of TNF-α and reduced TGF-β were observed in LFA-stimulated LPS cells compared to LPS-stimulated and untreated controls. Regarding the evaluation of the leishmanicidal function, the EEAF significantly reduced the number of promastigotes and amastigotes, and promoted the increase of superoxide anion production. At the concentration of 125 μg/mL, EEAF induced levels of TNF-α, IL-12p40 expression of mRNA for COX-2. Reduced titers of TGF-β, IL-4 and mRNA expression for iNOS were also observed in infected cells. In addition, there was a marked increase in lysosomal labeling in infected and treated cells with 125 μg/mL EEAF. In this way, we can conclude that Astronium fraxinifolium (Schott) Spreng is a potential candidate to be used in protocols of cutaneous leishmaniasis, since it demonstrated an important pro-inflammatory and leishmanicidal activities.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40627
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