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Tipo: Dissertação
Título: Aglutinação de Leishmania amazonensis induzida por lectinas como método para purificação de promastigotas metacíclicas
Título em inglês: Agglutination of Leishmania amazonensis induced lectins as a method for purification of metacyclic promastigotes
Autor(es): Barbosa, Juliana Montezuma
Orientador: Pompeu, Margarida Maria de Lima
Palavras-chave: Lectinas;Aglutinação;Leishmania
Data do documento: 2012
Citação: BARBOSA, J. M. Aglutinação de Leishmania amazonensis induzida por lectinas como método para purificação de promastigotas metacíclicas. 2012. 82 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.
Resumo: Nas infecções experimentais, estudos utilizando inóculo purificado de Leishmania, com populações metacíclicas mais homogêneas, tem sido importantes por se aproximarem mais da condição de infecção natural e por eliminar uma possível resposta inflamatória induzida por restos parasitários. A superfície dos vários parasitos reveste-se por diversos glicoconjugados. Estes, por sua vez, podem ser reconhecidos especifica e reversivelmente por lectinas, proteínas que possuem afinidade a carboidratos. Por conta disso, tem-se tentado purificar promastigotas metacíclicas de culturas de Leishmania através de aglutinação mediada por lectinas. Com esse intuito, buscou-se avaliar se lectinas de diferentes especificidades seriam capazes de aglutinar promastigotas de L. amazonensis em diferentes estágios evolutivos. Para isso, foi utilizado um painel de 7 lectinas, e a especificidade de ligação aos carboidratos de superfície foi analisada através de ensaios de aglutinação, sendo a lectina de Dioclea violacea (DVL) selecionada para a realização dos ensaios in vivo. A DVL foi capaz de aglutinar L. amazonensis num percentual de 78% em cultura de fase logarítmica e 52% em fase estacionária. Em seguida, promastigotas de fase estacionária foram incubadas com DVL para avaliar se a aglutinação era estágio-especifica. Posteriormente, realizou-se infecção experimental em hamsters dourados (106 promastigotas/animal) para avaliar a infectividade das frações purificadas. Os animais foram divididos em 3 grupos: Fração aglutinada (FA) (n=8); Fração não aglutinada (FNA) (n=9); Controle positivo (CT) (n=8). A evolução da infecção foi acompanhada pelo tamanho da lesão, nas 6 semanas pós-infecção e pela quantificação da carga parasitária no linfonodo regional, por diluição limitante, bem como pela análise anatomopatológica das lesões. Em todos os grupos as lesões iniciaram na 3ª semana. O tamanho da lesão foi muito semelhante em todos os grupos, com exceção da 4ª e 5ª semanas, onde FNA apresentou uma variação transitória (p<0,01). Quanto à carga parasitária e às alterações histopatológicas não houve diferença entre os grupos avaliados. Esses dados sugerem que, embora a DVL seja capaz de se ligar especificamente aos glicoconjugados de superfície das promastigotas, induzindo importante poder de aglutinação nas duas fases de crescimento, ela não foi capaz de selecionar formas infectantes de L. amazonensis.
Abstract: In experimental leishmaniasis infections, the use of metacyclic enriched inoculum is very important because it can simulate the natural infection and avoids the inflamatory response induced by the high density parasite inoculum. The surface of different evolutionary forms of Leishmania is coated by several glycoconjugates that can be recognized specifically and reversibly by lectins, proteins that have affinity with carbohydrates. This being the case, one could use lectins in order to purify metacyclic Leishmania. The aim of the current study was to evaluate whether lectins of different specificities would agglutinate L. amazonensis promastigotes of different evolutionary forms. A panel of 7 lectins were used. The binding specificity was analyzed by agglutination tests. DVL agglutinated 78% of L. amazonensis promastigotes from logarithmic phase culture and 52% from stationary phase, and therefore was selected for in vivo tests. Stationary phase promastigotes were incubated with DVL to evaluate if the agglutination was stage-specific and it was purified the agglutinated and non agglutinated fractions. Golden hamsters were infected with 106 promastigotes and grouped as: Agglutinated fraction (FA) (n=8); Non agglutinated fraction (FNA) (n=9); Control (CT) (n=8). The lesion size was measured over the course of 6 weeks. The parasite load of regional lymph node was quantified by limiting dilution and histopathological analysis of the lesions were performed on their paws. The lesions began at the third week in all groups. The lesion’s size was similar in all of them, except at the fourth and fifth weeks that FNA presented a transitory reduction (p<0,01). There were no significant differences concerning the parasite load and histopathologic changes among the groups. These data suggest that DVL did not select effectivelly infective forms of L. amazonensis, although it agglutinates promastigotes from the two culture growth phases.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/4033
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