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Tipo: Artigo de Evento
Título: Crítica genética do soneto Nem uma deusa
Autor(es): Nunes, Milena Ferreira Hygino
Palavras-chave: Crítica genética;Pedro Lyra;Nem uma deusa
Data do documento: 2018
Citação: NUNES, Milena Ferreira Hygino. Crítica genética do soneto Nem uma deusa. In: ENCONTRO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS LITERÁRIOS, 15., 21 a 23 nov. 2018, Fortaleza (CE). Anais... Fortaleza (CE): UFC, 2018. p. 358- 372.
Resumo: Este trabalho tem como objetivo fazer a crítica genética do “Soneto de confissão II – Nem uma deusa”, do poeta cearense Pedro Lyra. Escrito em Lisboa em 1987, o soneto foi publicado 12 vezes, ao longo de 30 anos (até 2017, quando Pedro Lyra faleceu). A 1ª publicação foi em Portugal, em 1988, e as 11ª e 12ª na França, ambas em 2000, tendo, assim, muito rico material para a elaboração da crítica genética. Fornecida pelo autor, a história deste soneto apresenta 19 documentos considerados na sua análise, sendo três de manuscritos, três de suas transcrições, um de original e os doze restantes de publicações. O poeta, ao longo da (re)escritura do poema, afasta o eu lírico da situação relatada no poema, passando-o de narrador-personagem para simples narrador, que narra a dor do amor. O amor passa a ser a personagem principal. Ao final, porém, o narrador volta a ser personagem principal, de forma surpreendente. Ao longo de todo o poema, o eu lírico exalta o amor, mas, acima de tudo, o desejo por uma mulher única, indefinível (não comparável a nem uma deusa), como o próprio título sugere. Pela perfeição e, consequentemente, impossibilidade de existência dessa mulher que dispensaria todas as outras, que conteria O AMOR em toda a sua plenitude, o eu lírico, inesperadamente, ocupa-se de si (no sentido literal, de tomar conta, de cuidar) - em vez da mulher perfeita, que não existe, que sequer nasce - e nasce, renasce, se (re)descobre.
Abstract: This work aims to make the genetic critique of the “Soneto de confissão II - Nem uma deusa”, by the poet Pedro Lyra. Written in Lisbon in 1987, the sonnet was published 12 times, over 30 years (until 2017, when Pedro Lyra passed away). The first publication was in Portugal in 1988, and the 11th and 12th in France, both in 2000, thus having very rich material for the elaboration of genetic criticism. Provided by the author, the story of this sonnet presents 19 papers considered in its analysis, being three of manuscripts, three of its transcriptions, one of original and the remaining twelve of publications. Throughout the (re) writing of the poem, the poet removes the lyrical self from the situation reported in the poem, moving it from narrator-character to simple narrator, which narrates the pain of love. Love becomes the main character. In the end, however, the narrator returns to be the main character, surprisingly. Throughout the poem, the lyrical self exalts love, but, above all, the desire for a single woman, indefinable (not comparable to nor a goddess), as the title itself suggests. By the perfection and, consequently, impossibility of existence of this woman who would dispense with all others, which would contain LOVE in all its fullness, the lyrical I unexpectedly takes care of itself (in the literal sense, to take care of, to take care of) - instead of the perfect woman, who does not exist, who is not even born - and borns, reborns, (re)discovers.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/39985
ISSN: 2179 4154
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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