Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/39336
Tipo: Dissertação
Título: Divergência funcional em espécies congêneres sintópicas: estudo de caso com Mimosa spp
Título em inglês: Functional divergence in syntopic congeneric species: a case study with Mimosa spp
Autor(es): Ponte, Fabiann Lucena da
Orientador: Araújo, Francisca Soares de
Coorientador: Martins, Fernando Roberto
Oliveira, Rafael Silva
Palavras-chave: Caatinga;Fabaceae;Arquitetura hidráulica;Condutividade hidráulica;Competição interespecífica;Anatomia de xilema
Data do documento: 2013
Citação: PONTE, Fabiann Lucena da. Divergência funcional em espécies congêneres sintópicas: estudo de caso com Mimosa spp. 2013. 35 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais) - Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013.
Resumo: Explicar a coexistência de espécies de plantas é ainda bastante controverso, visto que exigem o mesmo conjunto de recursos ambientais. Em condições abióticas severas, embora teoricamente o filtro ambiental selecione espécies filogeneticamente aparentadas o compartilhamento de recursos limitantes provavelmente se deve à divergência funcional em estratégias que reduzam o efeito de interações competitivas e possibilitem a coexistência. O recurso água é considerado o principal limitante em regiões tropicais sob climas áridos e semiáridos. Estudar a arquitetura hidráulica de espécies congêneres codominantes e coocorrentes nesses ambientes pode ajudar a compreender que estratégias de uso diferencial da água possibilitam o estabelecimento e coexistência. Foram estudadas as espécies Mimosa tenuiflora (Willd) Poir.,e Mimosa caesalpiniifolia Benth., ambas abundantes e coocorrentes na vegetação de caatinga, área de semiárido do Nordeste do Brasil. Foram analisados a área foliar específica, a massa foliar por área, a densidade da madeira, a anatomia do xilema de caule e ramo, a condutividade hidráulica potencial, o potencial hídrico foliar e as trocas gasosas, e a resistência do xilema à cavitação e ao embolismo. As espécies apresentaram densidade de madeira semelhante, porém a anatomia do xilema do caule mostrou que M. tenuiflora tem maior densidade de vasos e maior média ponderada de diâmetros. As duas espécies apresentam diferenças na arquitetura e funcionamento hidráulico e na sensibilidade estomática ao estresse hídrico. Mimosa tenuiflora é sempre verde, apresenta comportamento anisohídrico e arquitetura hidráulica indicativa de transporte hidráulico mais seguro, e maior resistência à seca. Consequentemente, essa espécie consegue manter as folhas no período de maior estresse hídrico. Mimosa caesalpiniifolia é decídua, apresenta comportamento isohídrico e arquitetura hidráulica indicativa de transporte hidráulico mais eficiente e mais vulnerável à seca. Assim, demonstramos que espécies filogeneticamente aparentadas, que coocorrem em ambientes com forte filtro ambiental, para coexistir devem divergir funcionalmente e, portanto, não há conservação filogenética de nicho.
Abstract: Explain the coexistence of plant species is still very controversial, since they require the same set of environmental resources. In severe abiotic conditions, although theoretically environmental filter select phylogenetically closely related species sharing the limiting resource is likely due to functional divergence in strategies to reduce the effect of competitive interactions and enable coexistence. The water resource is considered the main limitation in tropical climates in arid and semiarid. Study the hydraulic architecture of congeneric species and codominant co occurring these environments can help you understand which strategies differential use of water and allow the establishment coexist. We studied Mimosa tenuiflora (Willd) Poir., And Mimosa caesalpiniifolia Benth., Both abundant and co occurring in caatinga, semi-arid area of Northeast Brazil. We analyzed the specific leaf area, leaf mass per area, density of the wood, the anatomy of the stem xylem and branch hydraulic conductivity potential, leaf water potential and gas exchange, and the resistance of the xylem Cavitation and embolism. Species showed similar wood density, but the anatomy of the stem xylem showed that M. tenuiflora has higher vessel density and higher weighted average diameters. The two species differ in architecture and operating hydraulic and stomatal sensitivity to water stress. M. tenuiflora is always green, exhibits behavior indicative anisohídrico and hydraulic architecture hydraulic transport safer, and greater resistance to drought. Consequently, this species can keep the leaves in the period of greatest water stress. Mimosa caesalpiniifolia is deciduous, exhibits behavior indicative isohydric and hydraulic architecture hydraulic transport more efficient and more vulnerable to drought. Thus, we demonstrate that phylogenetically closely related species, which coocorrem in environments with strong environmental filter for coexist must differ functionally and therefore there is no phylogenetic niche conservation.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/39336
Aparece nas coleções:DBIO - Dissertações defendidas na UFC

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2013_dis_flponte.pdf2,47 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.