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Tipo: TCC
Título: Fatores maternos e neonatais associados à ocorrência de laceração no parto normal
Autor(es): Rocha, Ligia Maria Alves
Orientador: Pinheiro, Ana Karina Bezerra
Palavras-chave: Períneo;Lacerações;Fatores de Risco;Enfermagem
Data do documento: 2018
Citação: ROCHA, L. M. A. Fatores maternos e neonatais associados à ocorrência de laceração no parto normal. 2018. 48 f. Monografia (Graduação em Enfermagem) – Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
Resumo: O períneo é uma importante estrutura durante a gravidez, sofrendo algumas modificações nesse período. Os traumas causados no momento da saída do feto são chamados de lacerações perineais. Essas lacerações podem ser provocadas espontaneamente ou propositalmente, sendo essa última por meio de episiotomia. A laceração perineal pode ser classificada em: grau I (afetam pele e mucosa), grau II (se estendem até os músculos perineais), grau III (atingem o músculo e o esfíncter do ânus) e grau IV (envolve o conjunto do esfíncter anal e exposição do epitélio anal). O objetivo desse trabalho foi analisar os fatores maternos e neonatais e sua associação na ocorrência e no grau de laceração perineal espontânea. Estudo descritivo de corte transversal e de abordagem quantitativa. Dados coletados no período de março a maio de 2017 na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC). Os dados quantitativos foram coletados por meio de formulário estruturado voltado para as puérperas. Os dados do instrumento de coleta foram compilados e analisados com o auxílio do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Assegurando o direito das participantes, a pesquisa foi norteada pela Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Analisando o perfil das mulheres, as idades que mais prevaleceram foram aquelas pertencentes as faixas etárias de 19 a 24 anos (37,7%), seguida de 25 a 34 anos (35,7%). A maioria (61%) 9 anos de estudo, 56,6% das puérperas possuíam uma renda maior que 937 reis e 57,6% trabalhavam no lar. Quanto as características dos RNs, 55% eram do sexo masculino, 58,9% obtiveram apgar 9. Ao relacionar as variáveis, foi observado que, dentre a faixa etária de 12 a 18 anos, houve laceração entre 70% dos partos, de 19 a 24 aconteceu em 69,6% dos casos. Dentre as mulheres com nove anos ou menos de estudo, a maioria (59,6%) foi vítima de lesão perineal, o nível de escolaridade maior que nove anos obteve uma maior recorrência de lacerações, porém, com uma porcentagem ainda maior: 69,6%. Analisando o perfil obstétrico, 76,9% das primíparas tivera, laceração perineal, as secundíparas ou multíparas, por sua vez, obtiveram 52,9%. Ao analisar o valor do Apgar no quinto minuto, encontramos que 100% das mulheres com RNs apgar 7 mantiveram o períneo íntegro, o apgar 8 resultou em 90% de laceração com 10% de integridade, o apgar 9 resultou em 64,4% de lesão perineal e com 35,6% de integridade e o apgar 10 resultou 50% lesão e 50% integridade. Dessa forma, no que concerne aos fatores de risco que podem levar à laceração perineal, temos que, sobre o perfil obstétrico, a paridade e quantidade de gestações são fatores relacionados à ocorrência de laceração perineal, ou seja, mulheres primíparas ou primigestas possuem um maior risco de interferir na integridade perineal, fato esse que se explica pela baixa elasticidade da região em mulheres que nunca pariram. Nos fatores relacionados ao recém-nascido, o estudo mostrou que o apgar está diretamente relacionado, quanto maior o valor, maiores são as chances de laceração.
Abstract: The perineum is an important structure during pregnancy, being this type of control at the time. Traumas that are not appropriate are called perineal lacerations. These lacerations can be triggered spontaneously or purposely, the latter being by episiotomy. Perineal laceration can be classified as: grade I (affecting the skin and mucosa), grade II (reaching the muscle and sphincter of the anus) and grade IV (involving the sphincter of the anus). exposure of the anal epithelium). The objective of this study was to analyze the maternal and neonatal factors and their association in their absence and degree of spontaneous perineal laceration. Crosssectional descriptive study and quantitative approach. Data obtained in the month of March 2017 at the Maternity School Assis Chateaubriand (MEAC). The data were collected through a structured form aimed at the puerperal women. The data of the instrument were compiled and stolen with the aid of the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) statistical program, version 20.0. Assuring the right of the participants, a survey was guided by Resolution No. 466/12 of the National Health Council. Analyzing the profile of women, 13 to 24 years (37.7%), followed by 25 to 34 years (35.7%). The majority (61%) had more than 9 years of study, 56.6% of the puerperas had an income greater than 937 reais and 57.6% worked in the home. Regarding the characteristics of the NBs, 55% were males, 58.9% had apgar 9. When the variables were related, it was observed that, among the 12 to 18 year olds, there was laceration between 70% of births, 19 to 24 occurred in 69.6% of the cases. Among the women with nine years or less of study, the majority (59.6%) were victims of perineal injury, the level of schooling greater than nine years obtained a greater recurrence of lacerations, but with an even greater percentage: 69, 6%. Analyzing the obstetric profile, 76.9% of the primiparous women had perineal laceration, the secondary or multiparous, in turn, obtained 52.9%. When analyzing the value of Apgar in the fifth minute, we found that 100% of the women with apgar NN 7 maintained intact perineum, apgar 8 resulted in 90% laceration with 10% integrity, apgar 9 resulted in 64.4% of perineal injury and with 35.6% integrity and apgar 10 resulted in 50% injury and 50% integrity. Thus, regarding the risk factors that can lead to perineal laceration, we have that, on the obstetric profile, parity and amount of pregnancies are factors related to the occurrence of perineal laceration, that is, primiparous or primigravida women have a greater risk of interfering with perineal integrity, which is explained by the low elasticity of the region in women who have never given birth. In factors related to the newborn, the study showed that the apgar is directly related, the higher the value, the greater the chances of laceration.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/38408
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