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Tipo: Dissertação
Título: Efeitos da intoxicação mercurial no hipocampo e parâmetros lipídicos de camundongos submetidos à dieta ocidental
Título em inglês: Effects of mercurial intoxication on the hippocampus and lipid parameters of mice submitted to the western diet
Autor(es): Barros, Leonardo Lobo Saraiva
Orientador: Oriá, Reinaldo Barreto
Palavras-chave: Compostos de Metilmercúrio;Dieta Ocidental;Hipocampo;Lipídeos;Estresse Oxidativo
Data do documento: 20-Out-2017
Citação: BARROS, L. L. S. Efeitos da intoxicação mercurial no hipocampo e parâmetros lipídicos de camundongos submetidos à dieta ocidental. 2017. 81 f. Dissertação ( Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017.
Resumo: O metilmercúrio (MeHg) é uma espécie química orgânica de Hg2+ com grande relevância toxicológica, devido principalmente a sua capacidade de ser bioacumulado, o que pode causar diversos impactos na saúde humana e no meio ambiente. A intoxicação aguda do MeHg pode provocar surdez, tremor, ataxia, incoordenação motora, parestesia, coma e óbito. Na intoxicação crônica pode ocorrer perda de memória, depressão, redução do campo visual, distúrbios motores e cardiovasculares. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da dieta ocidental associada ou não à intoxicação por MeHg cronicamente no ganho de peso corporal, parâmetros lipídicos e alterações morfológicas no hipocampo, uma região cerebral importante relacionada à memória, em camundongos após desmame. Foram utilizados camundongos machos C57BL6/J, após desmame, com idade de 21 dias e peso entre 8-10 g. Os animais experimentais foram aleatoriamente divididos em quatro grupos experimentais de acordo com o tipo de dieta e exposição ao MeHg. Os grupos que foram intoxicados receberam diariamente uma solução de cloreto de MeHg na água de beber (20 mg/L) de PN41 a PN61 de idade. Os grupos experimentais foram: grupo normonutrido (N), recebendo dieta padrão; grupo hiperlipídico (H), recebendo dieta ocidental; grupo normonutrido com exposição de MeHg (NHg) e hiperlipídico com exposição de MeHg (HHg). Foram utilizados um total de 60 animais. Para a indução de hiperlipidemia, os animais foram submetidos à alimentação exclusiva com dieta ocidental (42% de lipídeos), com 0,15% de colesterol, durante os dias 21 a 61 de idade. Os animais foram eutanasiados ao completer 40 dias de dieta. Foram coletadas amostras de hipocampo, pelos e soro sanguíneo para análises estereológicas (volume total, volumes de CA1, CA2/CA3, CA4 e giro denteado), balanço do estresse oxidativo (glutationa/GSH e gluationa peroxidase/GPx), toxicológicas (níveis de Hg) e parâmetros lipídicos (colesterol total e triglicerídeos), respectivamente. Os animais foram pesados com intervalo de 48h durante 40 dias pós-desmame. A intoxicação mercurial reduziu o delta de ganho de peso corporal apenas no grupo recebendo dieta ocidental (HHg). Como esperado, a adição de MeHg na água de beber resultou no aumento significativo dos níveis de Hg no pelo dos animais expostos (p<0,001). Os animais desafiados com MeHg que receberam a dieta ocidental tiveram menores níveis de Hg quando comparado ao grupo normonutrido intoxicado. A intoxicação por MeHg aumentou os níveis de colesterol total sérico dos grupos normonutrido e do grupo recebendo a dieta ocidental. Os níveis séricos de triglicerídeos aumentaram apenas no grupo recebendo a dieta ociental desafiado com intoxicação pelo MeHg (p<0,01), mostrando um efeito combinado. A dieta ocidental per si reduziu os níveis GSH no hipocampo quando comparado com o grupo normonutrido. A intoxicação mercurial independente da dieta reduziu significativamente os níveis de GSH e GPx no hipocampo. Na análise estereológica, foi evidenciado que intoxicação mercurial independente da dieta reduziu o volume total e o volume de todas as camadas do hipocampo estudadas. Os resultados desse estudo sugerem um efeito combinado da dieta ocidental e do desafio do MeHg em relação aos níveis séricos de triglicerídeos. A intoxicação mercurial foi neurotóxica no hipocampo reduzindo GPx e GSH e afetando sua arquitetura, efeitos esses independentes da dieta. Mais estudos são necessários para avaliar em mais detalhes os mecanismos envolvidos.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/34736
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