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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/33166
Tipo: | Dissertação |
Título: | Remexa minhas entranhas: poéticas de um feminino monstruoso |
Autor(es): | Aniceto, Lara Nicolau |
Orientador: | Caetano, Patricia de Lima |
Coorientador: | Gadelha, Kaciano Barbosa |
Palavras-chave: | Manifesto da Mulher-Monstro;Subjetivação poética;Gênero;Feminismo;Performance feminista |
Data do documento: | 2018 |
Citação: | ANICETO, Lara Nicolau. Remexa minhas entranhas: poéticas de um feminino monstruoso. 2018. 111f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do ceará, Instituto de Cultura e Arte, Programa de Pós-graduação em Artes, Fortaleza (CE), 2018. |
Resumo: | Em busca de outras possibilidades de subjetivação, busco materializar a mulher-monstro em uma prática poética que transborda os limites entre a arte e a vida. Registro de um estudo sobre a condição da mulher numa ordem patriarcal, onde esta é situada comumente no lugar de “outro”, “abjeto”, a fronteira de um ser não humano. Através do meu repertório de vivências desse lugar “outro” e da assimilação de imagens presentes em contos mágicos, delineia-se um percurso que conflui em uma performance orientada pelo feminismo e a experiência compartilhada e incorporada do sensível. É fundamental a compreensão de um momento que é marco histórico de ódio e extermínio às mulheres: a “caça às bruxas” empreendida na Idade Média, para chegar às noções de contraprodução da opressão de gênero no âmbito do movimento de arte feminista que teve início no final da década de 1960. Ao lado de algumas performers que faziam do corpo o veículo para seu discurso, coloco-me. O processo criativo desenvolvido ao longo desta pesquisa de cunho intuitivo, afetivo e pessoal, mas também com um senso de interferência e ruído político, apresenta o Manifesto da Mulher-Monstro e a coleção de intersecções entre teorias sobre o corpo e práticas sensoriais coletivas, tecendo o lugar onde meu corpo despido é o centro da experiência e da subjetivação. A mulher-monstro declara suas falhas e expõe suas vísceras para que o público lhe atravesse, molde e, ao remexer suas entranhas, ela desfaça-se, para criar-se novamente em outra paisagem existencial. |
Abstract: | In search of other possibilities of subjectivation, I try to materialize the monster woman, in a poetic practice that overflows the boundaries between art and life. Record a study on the condition of women in a patriarchal order, where it is commonly located in place of ‘other’, ‘abject’, the border of a nonhuman being. Through my repertoire of experiences of this ‘other’ place and the assimilation of images present in magical tales, a path is drawn that converges in a performance guided by feminism and the shared and incorporated experience of the sensitive. It is essential to understand a moment that is a historical moment of hatred and extermination of women: the ‘witch hunt’ undertaken in the Middle Ages, to arrive at notions of counter-production of gender oppression in a realm where the performative and the performative are found in the feminist art movement that began in the late 1960s. Alongside some performers who made the body the vehicle for their speech, I place myself. The creative process developed throughout this intuitive, affective and personal research, but also with a sense of interference and political noise, presents the Monster Woman Manifesto and the collection of intersections between theories about the body and collective sensory practices, weaving the place where my naked body is the center of experience and subjectivation. The monster woman declares her faults and exposes her viscera so that the public crosses him, mold, and by stirring her bowels, she undoes herself, to create herself again in another existential landscape. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/33166 |
Aparece nas coleções: | PPGARTES - Dissertações defendidas na UFC |
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