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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/31913
Tipo: | Dissertação |
Título: | Transplante de tecido ovariano criopreservado e restauração do metabolismo ósseo em ratas castradas |
Título em inglês: | Cryopreserved ovarian tissue transplantation and restoration of bone metabolism in castrated rats |
Autor(es): | Silva, Lígia Helena Ferreira Melo |
Orientador: | Leite, José Alberto Dias |
Palavras-chave: | Ovário;Tecidos;Transplante Autólogo;Menopausa;Metabolismo |
Data do documento: | 11-Dez-2017 |
Citação: | SILVA, L. H. F. M. Transplante de tecido ovariano criopreservado e restauração do metabolismo ósseo em ratas castradas. 2017. 86 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médico-Cirúrgicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. |
Resumo: | Apesar do uso de criopreservação de tecido ovariano para restaurar a fertilidade, não há estudos publicados abordando os efeitos desta técnica no metabolismo ósseo. Este estudo tem como objetivos avaliar os resultados da pega do enxerto de tecido ovariano após vitrificação e reimplante no omento de ratas, comparar os níveis de estradiol nessas ratas em diferentes etapas de acordo com a presença ou não de tecido ovariano e avaliar os efeitos sobre o metabolismo ósseo de tal reimplante O presente estudo foi realizado em 27 ratas com idade entre 11 e 12 semanas e pesando 200-300g, período no qual há estabelecimento de maturidade hormonal. Todos os animais foram submetidos à ooforectomia bilateral e os ovários foram vitrificados. O autotransplante ocorreu em dois períodos distintos de acordo com cada grupo: após 1 semana (grupo A, n = 8) ou após 1 mês (grupo B, n = 19) contados a partir da primeira intervenção (antes da ooforectomia). Foram realizados ensaios de estradiol no soro e análise histológica do tecido ovariano e da tíbia: antes da ooforectomia (basal), no final do período de castração cirúrgica (após ooforectomia) e um mês após o transplante (reimplante). Nos dois grupos houve piora dos parâmetros ósseos após a castração e melhoria dos mesmos após o reimplante ovariano, a saber: as espessuras corticais médias da tíbia foram 0,463 ± 0,14mm (média ± DP) na linha de base, 0,360 ± 0,14mm após ooforectomia e 0,445 ± 0,17mm em 1 mês após o reimplante (p < 0,005). Além disso, as espessuras médias trabecular foram 0.050 ± 0,08mm (média ± DP) na linha de base, 0,022 ± 0,08mm após ooforectomia e 0.049 ± 0,032mm em 1 mês após o reimplante (p < 0,005). Quanto à mensuração de estradiol sérico, nos dois grupos houve queda após a castração e aumento após o reimplante. Entretanto não houve diferença estatisticamente significante entre a variação dos níveis de estradiol nos dois grupos de estudo (p=0.819). Nos animais com castração cirúrgica precoce apesar da variação dos níveis basais (25.6±0.8ng/dl) para o status castrado (19.0±1.1ng/dl) e pós-reimplante de um mês (25.6±3.9ng/dl) não houve diferença significante entre os três momentos de análise de estradiol (p=0.140). Porém, o grupo com castração cirúrgica tardia apresentou uma redução significante dos níveis de estradiol do pré-operatório (28.0±1.1ng/dl) para o status castrado (19.7±1.6ng/dl) e recuperação dos níveis normais um mês após o reimplante (25.8±0.5ng/dl) (p=0.001). Houve sucesso de pega de enxerto, ou seja, observou-se presença de folículos atrésicos, folículos primordiais e de corpo lúteo em cerca de 81,5 % dos animais (grupo A: n = 7/8, 87%, grupo B: n = 15/19, 78,9%, p = 0,080) demonstrando que o local de reimplante é cirurgicamente adequado. Valores semelhantes são observados em outros trabalhos experimentais de referência. De acordo com estes resultados, o transplante de tecido ovariano criopreservado não só restaurou a função hormonal ovariana, mas restabeleceu os parâmetros iniciais do osso. Estes resultados podem sugerir que reimplantação ovariana em outros mamíferos, como em mulheres, tenha efeitos benéficos no metabolismo ósseo. Palavras-chave: Tecido ovariano. Autotransplante. Menopausa. Metabolismo ósseo. |
Abstract: | Despite the use of cryopreservation of ovarian tissue to restore fertility, there are no published studies addressing the effects of this technique on bone metabolism. This study aims to evaluate the ovarian results of the ovarian tissue graft heel after vitrification and reimplanted in the omentum of rats, to compare estradiol levels in these rats at different stages according to the presence or absence of this tissue and to evaluate the effects on the bone metabolism of such reimplantation the present study was performed in 27 rats aged 11 to 12 weeks and weighing 200-300g, a period in which there is establishment of hormonal maturity. All animals underwent bilateral oophorectomy to induce hypoestrogenism and the ovaries were vitrified. Autotransplantation occurred in two different periods according to each group: after 1 week (group A, n = 8) or after 1 month (group B, n = 19) counted from the first intervention (before oophorectomy). Serum estradiol assays and histological analysis of ovarian tissue and tibia were performed: before oophorectomy (basal), at the end of the surgical castration period (after oophorectomy) and one month after transplantation (replantation). In groups A and B, the mean cortical thickness of the tibia was 0.463 ± 0.14 mm (mean ± SD) at the baseline, 0.360 ± 0.14 mm after oophorectomy and 0.445 ± 0.17 mm at 1 month post reimplantation (p < 0.005). In addition, mean trabecular thickness was 0.050 ± 0.08 mm (mean ± SD) at baseline, 0.022 ± 0.08 mm after oophorectomy and 0.049 ± 0.032 mm at 1 month after replantation (p <0.005). Regarding estradiol levels, it was observed that estradiol levels were significantly lower after castration (group A: 8.10 ± 0.4 ng / dL, group B: 11.80 ± 1.2 ng / dL). baseline (group A: 23.43 ± 2.44 ng / dL, group B: 25.90 ± 8.10 ng / dL), and returned to normal levels after replantation in both groups (between 20 and (Group A: 20.47 ± 1.45 ng / dL, group B: 20.97 ± 1.41 ng / dL, p = 0.013). There was a difference between estradiol between groups A and B, this recovery being greater in group A (not statistically significant). The presence of atretic follicles, primordial follicles and corpus luteum follicles was observed in approximately 81.5% of the animals (group a: n = 7/8, 87%, group b: n = 15/19, 78.9%, p = 0.080) showing that the reimplantation site is valid. According to these results, cryopreserved ovarian tissue transplantation not only restored ovarian hormonal function, but reestablished the initial bone parameters. These results may suggest that ovarian reimplantation in women has beneficial effects on bone metabolism. Key words: Ovarian tissue. Autotransplant. Menopause. Bone metabolism. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/31913 |
Aparece nas coleções: | DCIR - Dissertações defendidas na UFC |
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