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Tipo: Dissertação
Título: Lesão renal aguda em unidade de terapia intensiva de hospital geral com emergência de trauma: estudo prospectivo observacional
Título em inglês: Acute kidney injury in an intensive care unit of general hospital with emergency room specializing in trauma: an observational prospective study
Autor(es): Monteiro, Diego Levi Silveira
Orientador: Santos, Paulo Roberto
Palavras-chave: lesão renal aguda;unidade de terapia intensiva;trauma
Data do documento: 2015
Citação: MONTEIRO, D.L.S. (2015)
Resumo: Introdução: A lesão renal aguda (LRA) é um achado comum em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) e está associada a altos índices de mortalidade. O perfil da UTI, o diagnóstico categórico na admissão, os fatores socioeconômicos da região e as características epidemiológicas exercem influência no resultado do tratamento de pacientes com LRA. Objetivo: Determinar a incidência, os fatores associados, e a mortalidade da LRA em pacientes vítimas ou não de trauma, que estiveram internados em uma UTI geral de uma região de baixa renda. Métodos: Estudamos consecutivamente 279 pacientes internados em uma UTI durante o período de um ano. Pacientes com menos de 24 horas de permanência na unidade e com doença renal crônica foram excluídos. A LRA foi classificada de acordo com os critérios propostos pelo Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) - “Acute Kidney Injury Work Group” em três estágios. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste t de Student e de Mann-Whitney para variáveis contínuas, com e sem distribuição normal respectivamente. Para comparação de frequências foi utilizado o teste de Fisher. A regressão logística multivariada foi utilizada para testar variáveis como preditores de LRA e morte. Resultados: O diagnóstico categórico na admissão da UTI foi dividido proporcionalmente em 51.6% não relacionados ao trauma e 48.4% relacionados ao trauma. A maioria dos diagnósticos de trauma estava associada ao traumatismo crânio encefálica (TCE) 79.5%. A incidência global de LRA foi de 32,9% distribuídos em três estágios: 33,7% LRA estágio I; 29,4% LRA estágio II e 36,9% LRA estágio III. Os pacientes que desenvolveram LRA eram mais idosos, apresentaram maior índice de diabetes mellitus, permaneceram por maior tempo internados em UTI, demonstraram maior valor no escore APACHE II e necessitaram com maior freqüência de ventilação mecânica e uso de drogas vasopressoras. Em comparação com os pacientes que não tiveram trauma, os que tiveram apresentaram maior prevalência do sexo masculino, maior pontuação no escore APACHE II, maior débito urinário e eram mais jovens. Não houve diferença no desenvolvimento de LRA e na mortalidade entre pacientes com trauma e sem trauma. A idade, presença de diabetes, escore APACHE II e uso de drogas vasopressoras foram preditores independentes para a LRA. O risco de morte aumentou em dez vezes na presença de LRA (OR = 14.51; IC95% = 7.94-26.61; p<0,001). Conclusões: Existe uma alta incidência de LRA nesse estudo. A LRA foi fortemente associada com mortalidade, tanto entre pacientes com trauma, como em pacientes sem trauma. O trauma, especialmente o vinculado com lesão cerebral por TCE, devido a acidentes de trânsito envolvendo veículos motorizados de duas rodas, deve ser visto como uma importante causa evitável de LRA.
Abstract: Background: Acute kidney injury (AKI) is common among intensive care unit (ICU) patients and is associated with high mortality. Type of ICU, category of admission diagnosis, and socioeconomic characteristics of the region can impact AKI outcomes. We aimed to determine incidence, associated factors and mortality of AKI among trauma and non-trauma patients in a general ICU from a low-income area. Methods: We studied 279 consecutive patients in an ICU during a follow-up of one year. Patients with less than24-hour stay in the ICU and with chronic kidney disease were excluded. AKI was classified according to the Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO) criteria in three stages. Comparisons were performed by the Student-t and Mann–Whitney tests for continuous variables, respectively with and without normal distribution. Comparisons of frequencies were carried out by the Fisher test. Multivariate logistic regression was used to test variables as predictors for AKI and death. Results: Admission categories were proportionally divided into 51.6% of non-trauma diagnosis and 48.4% of trauma cases. Most trauma cases involved brain injury (79.5%). The overall incidence of AKI was 32.9%, distributed among the three stages: 33.7% stage 1, 29.4% stage 2 and 36.9% stage-3. Patients who developed AKI were older, had more diabetes, stayed longer in the ICU, presented higher APACHE II and more often needed mechanical ventilation and use of vasopressors. In comparison with non-trauma cases, trauma patients had a greater prevalence of males, higher APACHE II score, higher urine output, and younger age. There was no difference concerning development of AKI and crude mortality between trauma and non-trauma patients. Age, presence of diabetes, APACHE score and use of vasopressors were independent predictors for AKI, and AKI increased the risk of death ten-fold (OR = 14.51; CI 95% = 7.94-26.61; p<0.001). Conclusions: There was a high incidence of AKI in this study. AKI was strongly associated with mortality both among trauma and non-trauma patients. Trauma cases, especially brain injury due to traffic accidents involving motorized two-wheeled vehicles, should be seen as an important preventable cause of AKI.
Descrição: MONTEIRO, D.L.S. Lesão renal aguda em unidade de terapia intensiva de hospital geral com emergência de trauma: estudo prospectivo observacional. 2015. 51 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Campus Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2015.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/30951
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