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Tipo: Artigo de Periódico
Título: A configuração dos narradores de Lucíola e Dom Casmurro
Autor(es): Gadelha, Dariana Paula Silva
Palavras-chave: Narrador;Personagem;Bento Santiago;Paulo
Data do documento: 2014
Instituição/Editor/Publicador: Revista Entrelaces
Citação: GADELHA, Dariana Paula Silva. A configuração dos narradores de Lucíola e Dom Casmurro. Revista Entrelaces, Fortaleza, ano 4, n. 4, p. 16-32, set. 2014.
Resumo: Nos derradeiros anos do século XIX e início do século XX, o movimento que ganhou força no Brasil foi o Realismo. Surgindo em nosso cenário como a corrente que se contrapunha à romântica, propondo combater as criações idealizantes, a nova estética preconizava produzir uma literatura objetivista, trazendo em seus romances descrições mais precisas da realidade, com base na fidelidade da observação, e uma narrativa imparcial a fim de conferir um maior distanciamento, característica própria da corrente realista. Levando em consideração a imparcialidade do narrador e a ausência do seu envolvimento no romance, a pesquisa realiza uma comparação entre duas obras narradas em primeira pessoa, a saber: Lucíola, de José de Alencar, e Dom Casmurro, de Machado de Assis, autores considerados demasiadamente opostos do ponto de vista estético. Nessa perspectiva utilizamos como base teórica os conceitos de narrador digno de confiança e não digno de confiança de Wayne Booth, além do ponto de vista de Paul Ricoeur acerca desses conceitos, respectivamente, apontando que a imparcialidade e o objetivismo propostos pelo realismo se fazem, de certa maneira, mais presentes no romance alencarino. Desse modo, analisamos os métodos ou recursos que cada autor faz uso para conceder ao seu romance maior ou menor distanciamento do narrador, indicando como esse se porta para obter a confiança do leitor.
Resumen: En los últimos años del siglo XIX y comienzo del siglo XX, la estética que tuvo fuerza en Brasil fue el Realismo. Surgiendo en nuestro espacio como la corriente que se contrapuso a la romántica, proponiendo combatir las creaciones ideales, la nueva estética preconizaba producir una literatura objetiva, presentando en sus romances descripciones más exactas de la realidad, embasadas en la fidelidad de la observación y una narrativa imparcial con la finalidad de proporcionar un distanciamiento, rasgo propio de la corriente realista. Llevando en consideración la imparcialidad del narrador y la falta de su envolvimiento en el romance, la investigación realiza una comparación entre dos obras narradas en primera persona: Lucíola, de José de Alencar, y Dom Casmurro, de Machado de Assis, escritores entendidos como opuestos del la perspectiva estética. En ese contexto, utilizamos como base teórica los conceptos de narrador digno de confianza y no digno de confianza de Wayne Booth, además del punto de vista de Paul Ricoeur sobre los conceptos, respectivamente, destacando que la imparcialidad y el objetivismo propuestos por el realismo se hacen, de cierto modo, más presentes en el romance alencarino. Así, investigamos los métodos o los recursos que cada autor utiliza para conferir a sus romances un mayor o menor distanciamiento del narrador, indicando como se configura para obtener la confianza del lector.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/23301
ISSN: 1980-4571 (online)
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGLE - Artigos publicados em revistas científicas

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