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Tipo: Tese
Título: A educação social e a gestão da pobreza: gênese, desdobramentos e função no contexto da sociabilidade do capital em crise
Título em inglês: Social education and poverty management: genesis, development and function in the context of the sociability of capital in crisis
Autor(es): Santos, Maria Escolástica de Moura
Orientador: Jimenez, Maria Susana Vasconcelos
Palavras-chave: Função da Educação;Função Social da Educação;Ontologia;Poverty;Social education
Data do documento: 2017
Citação: Santos, M. E. M.; Jimenez, M. S. V. (2017)
Resumo: Esta pesquisa parte da compreensão de que o ser humano é um complexo constituído na articulação entre a subjetividade do indivíduo e a objetividade da vida material. Relação esta mediatizada pela atividade produtora de riqueza, ou seja, o trabalho, considerado ato fundante de todas as formas de sociabilidade e, portanto, do próprio ser social. Realizamos estudo de caráter teórico e documental, fundamentado no referencial marxista, à luz da ontologia marxiano-lukacsiana, para compreender a função que a educação social, voltada a crianças e adolescentes pobres, ocupa no processo de reprodução da sociedade de classes. Para tanto, voltamos nossa atenção, inicialmente ao processo de constituição do ser social, ressaltando que, para cumprir seus propósitos, o complexo do trabalho chama à cena, dentre outros complexos, a educação. A educação, por seu turno, possui a função precípua de reproduzir no indivíduo singular os elementos do gênero humano, transformando-se à medida que a sociedade foi se complexificando com a divisão do trabalho associada ao desenvolvimento das forças produtivas. Assim, buscamos elementos para explicar como a educação na sociedade burguesa assume a função de reproduzir, além dos elementos genéricos, o próprio sistema do capital, promotor de misérias e de conformação. Essas questões só ficaram mais explícitas quando analisamos o processo de produção da pobreza, como manifestação necessária ao movimento de retroalimentação do sistema capitalista, para, em seguida, apresentarmos o Estado como o responsável por administrar os conflitos resultantes dos antagonismos de classes, que surgem a partir da separação entre capital e trabalho. Isto nos ajudou a compreender o caráter perverso das políticas de assistência e educação voltadas a crianças e adolescentes pobres. Pudemos entender, a partir de então, como a educação social nelas se inserem, como se deu seu surgimento, em que bases se sustentam os fins e os meios de uma proposta educativa que se diz responsável por atuar nos contextos de exclusão social buscando reduzir as situações de desamparo. O resgate histórico apontou para o fato de que ambas, educação e assistência, exibem um caráter de classe, manifestado através do confinamento, da exclusão e do adestramento pelo e para o trabalho alienado; e que a educação social possui nítida vinculação com as situações de pobreza, embora alguns teóricos insistam em defender seu afastamento. Vinculação essa que ganha outros contornos no contexto da crise estrutural do capital, sobretudo, no âmbito das políticas neoliberais que advogam o Estado mínimo. Por fim, a análise documental revelou que os fins postos para a educação social apontam para o âmbito da objetividade e da totalidade social enquanto os meios definidos para atingirem os fins propostos restringem-se ao campo da subjetividade e da imediaticidade.
Descrição: SANTOS, Maria Escolástica de Moura. Educação social e a gestão da pobreza: gênese, desdobramentos e função no contexto da sociabilidade do capital em crise. 2017. 237f. – Tese (Doutorado) Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2017.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/23272
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