Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/21980
Tipo: Artigo de Periódico
Título: A história do saber enquanto determinante do filosofar: uma breve introdução a filosofia da história de Michel Onfray
Autor(es): Lopes Filho, Artur Rodrigo Itaqui
Palavras-chave: Michel Onfray;Filosofia;História;Poder;Hegemonia
Data do documento: 2013
Instituição/Editor/Publicador: Revista Dialectus
Citação: Lopes Filho, A. R. I. (2013)
Resumo: A filosofia enquanto processo histórico constantemente promove uma seleção de autores/escolas/sistemas, justificando tal ação de acordo com a relevância histórica e as contribuições trazidas por estes para com aquilo definido e aceito enquanto saber filosófico contemporâneo. Esse processo não somente legitima aquilo que será levado adiante para as próximas gerações enquanto saber filosófico, mas também segrega e por que não, expulsa autores/sistemas/escolas de seu conjunto, promovendo assim uma verdadeira separação entre o filosófico e o não-filosófico. Sobre qual principio regulador tal segregação é orientada? Qual o critério determinante para que este ou aquele autor/sistema/escola venha constituir parte da história da filosofia em detrimento de outros que não constituem espaço em seu estudo? Diante dessa complexa situação o filósofo contemporâneo Michel Onfray (1959) pretende acusar o desenvolvimento histórico do saber humano como processo intencional de manipulação histórica promovido pelas instituições de poder em determinados períodos da história da humanidade, a saber: a antiga academia de Platão e o catolicismo medieval. Essas instituições teriam em suas respectivas épocas o poder de instituir um critério de demarcação determinante entre o filosófico e o não-filosófico, o qual selecionaria aquilo que por sua vez passaria a ser compreendido pelas gerações seguinte como de fato um saber filosófico. Tal perspectiva remete a obra escrita por Michel Onfray: Contra História da Filosofia (2008) onde o autor apresenta dois movimentos aparentemente distintos, mas que constitui em seu processo um elo causal o qual acaba por corroborar para com sua teoria da história. O primeiro movimento se refere filosofia enquanto resultante de um conflito histórico iniciado na antiga Grécia de Platão, com fins de instituir o verdadeiro meio pelo qual nos seria possível alcançar a verdade, algo que acabaria, por consequência, promovendo o surgimento de um critério de demarcação entre o filosófico e o não-filosófico. O segundo movimento viria como consequência da instauração de um único e verdadeiro modus filosófico: o respaldo a tradição. Tais processos acabariam por promover o surgimento de uma história da filosofia hegemônica que por sua vez viria a orientar o filosofar das futuras gerações.
Abstract: Philosophy as historical process constantly promotes a selection of authors/schools/systems, justifying such action according to historical relevance and contributions brought by these towards what is defined and accepted as contemporary philosophical knowledge. This process does not legitimates only things that will be taken by the next generations as philosophical knowledge, but it also segregates and why not, expel authors/schools/systems from its whole, promoting a true separation between the philosophic and the non-philosophic. From which controlling principle this segregation is orientated by? What is the determinant criterion to this or that author/school/system come to constitute part of the history of philosophy in detriment of others that don’t construct any space in its study? Before this complex situation, the contemporary philosopher Michel Onfray (1959) intends to accuse the historical development of human knowledge as an intentional process of historical manipulation promoted by powerful institutions in determined periods of mankind´s history, namely: the ancient academy of Platon and medieval Catholicism. These institutions would have had in their respective times the power to institute a determinant demarcation rule between the philosophical and the non-philosophical, which would select things that could be understood as philosophical knowledge for the next generations. This perspective refers to the work written by Michel Onfray: Counter History of Philosophy (2008) where the author presents two movements that are seemingly disparate, but they constitute in their process a causal link which turns out to corroborate with his theory of history. The first movement refers philosophy as a result of a historical conflict started in Plato´s ancient Greece, in order to establish a real way which we could reach the truth, something that would end, as result, promoting the emergence of a demarcation criteria between philosophical and non-philosophical.The second movement would come as a result of the establishment of the only real philosophical modus: the support to the tradition. Such processes would ultimately promote the emergence of a history of the hegemonic philosophy which in turn would guide the philosophical thoughts of future generations.
Descrição: LOPES FILHO, Artur Rodrigo Itaqui. A história do saber enquanto determinante do filosofar: uma breve introdução a filosofia da história de Michel Onfray. Revista Dialectus, Fortaleza, ano 1, n. 2, p. 158-172, jan./jun. 2013.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21980
ISSN: 2317-2010
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGEB - Artigos publicados em revistas científicas

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2013_art_arilopesfilho.pdf1,48 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.