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Tipo: Tese
Título: Uso do ácido ursodesoxicólico no pós-operatório imediato para a prevenção de litíase biliar em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de ROUX
Título em inglês: Postoperative Ursodeoxycholic Acid Administration in Patients Undergoing Bypass Gastric in Roux Y Surgery on the Prevention of Cholelithiasis
Autor(es): Machado, Francisco Heine Ferreira
Orientador: Moraes Filho, Manoel Odorico de
Palavras-chave: Obesidade;Ácido Ursodesoxicólico;Cirurgia Bariátrica;Colelitíase
Data do documento: 15-Dez-2016
Citação: MACHADO, F. H. F. Uso do ácido ursodesoxicólico no pós-operatório imediato para a prevenção de litíase biliar em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de ROUX. 2016. 160 f. Tese (Doutorado em Cirurgia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.
Resumo: Objetivo: No presente trabalho, objetivou-se avaliar prospectivamente a contribuição do uso do ácido ursodesoxicólico (AUDC), nos primeiros 6 meses de pós-operatorio, na fase rápida de perda de peso, com o escopo de prevenir colelitíase nos pacientes que se submetem à Bypass Gástrico em Y de Roux. Método: Os dados foram coletados por meio de técnicas de entrevistas e consultas aos prontuário mediante a utilização de formulários para investigação de indicadores sócios demográfico, antropométricos e, as principais comorbidezes, esteatose hepática, doença do refluxo gastro-esfágico, gastrite, hipertensão arterial, doença cardiovascular, dislipidemia, osteoartrite e infertilidade. Deste modo, fizeram parte, inscritas no protocolo, 137 pacientes, sendo 69 da Clínica Monsenhor Bruno (GRUPO A) e 68 pacientes do Núcleo do Obeso do Ceará (GRUPO B-GRUPO CONTRÔLE). Análise de Dados Estatísticos, foram apresentados os resultados quantitativos categóricos em forma de percentuais e contagens e os numéricos em forma de medidas de tendência central. Foram realizados testes de normalidade para as variáveis numéricas. Dependendo da normalidade das variáveis, foram feitos os testes de ANOVA ou Mann-Whitney, conforme adequado. Para categóricas, foi utilizado o teste do qui-quadrado. Para variáveis pareadas, do tipo antes e depois, foi utilizado o teste de McNemar. Foram calculadas razões de chances (odds ratio) para mensurar associação dos determinantes com o desfecho principal. Foram considerados significativas as comparações com valor de p até 0,05.Os dados foram tabulados e analisados pelo software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), v23, SPSS, Inc. para análise e avaliação dos dados obtidos na coleta. Resultados: Segundo a amostragem sócio-demográficas, comparando-se os pacientes GRUPO A e os do GRUPO B, quando se refere à naturalidade, observa-se que não houve significância estatística na formação ou não da colelitíase (p= 0,110), o mesmo observando-se quanto ao gênero, (p= 0,090) e também ao estado civil (p=0,663). Ressalta-se os resultados dos 69 pacientes do protocolo da GRUPO A que fizeram uso do AUDC, 68 (57,6%) pacientes não desenvolveram colelitíase, e sómente 1 (5,3%) paciente formou colelitíase, já os pacientes que compuseram o protocolo do GRUPO B 50 (42,4%) pacientes não formaram colelitíase, e 18 (94,5%) pacientes formaram colelitíase (OR= 24,4, IC95%= 3,1-189,4, p< 0,001). Na apreciação da esteatose hepática no pós-operatório os pacientes que usaram AUDC da GRUPO A registrou-se que 64 (92,6%) destes pacientes, não apresentavam esteatose hepática e 5 (7,4%) dos pacientes permaneciam com esteatose hepática, já no grupo do GRUPO B que não fizeram uso 68 (100%) pacientes, não evidenciou-se esteatose hepática, mostrou significância estatística na formação de colelitíase (p< 0,024). As demais comorbidezes avaliadas, tiveram melhora com suas doenças controladas. Conclusão: Os resultados demonstrados deram suporte para concluir que os pacientes do protocolo do GRUPO B, que não usaram o AUDC, evidenciaram uma probabilidade, confirmada pelo dado estatístico oddis ration de 24,4 vezes maior de desenvolverm colelitíase, quando comparado com os pacientes que fizeram uso do AUDC do GRUPO A, com índice de confiança de 95%, e p< 0,001, com relevância significante (OR= 24,4, IC95%= 3,1-189,4, p< 0,001).
Abstract: The aim of the present study was to evaluate prospectively the influence of ursodeoxycholic acid (UDCA) administration in the prevention were cholelithiasis in the first six months after Roux-en-Y gastric bypass surgery. The data was collected through questionnaires which investigate demographic and anthropometric characteristics. Medical records were analysed to evaluate comorbidities as hepatic steatosis, gastroesophageal reflux disease, gastritis, Hypertension, cardiovascular disease, dyslipidemia, osteoarthritis and infertility. Therefore, 137 patients, with whom 69 were from Monsenhor Bruno Clinic (GROUP A) and 68 were from the Obesity Nucleus of Ceará (GROUP B), were sellected. The patients from GROUP A group received UDCA, while the patients from GROUP B, group did not received UDCA. The quantitative categorical results were presented as percentages and counts, and the numerical results were measured as central trend measures. Normality tests were performed for the numerical variables. According on the variables normality, ANOVA or Mann-Whitney tests were performed. For categorical variables, the chi-square test was performed. For paired variables, the McNemar test was applied. The odds ratio were calculated to measure the strength of association between UCDA exposure and the disease. P values up to 0.05 were considered significant. The data were analyzed using Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), v23, SPSS, Inc.. There was no statistical significance in the formation or not of the cholelithiasis (p = 0.110) between GROUP A or GROUP B patients according to the naturality.The gender (p = 0.090) and marital status (p = 0.663) did not presented statistical significance either. In the GROUP A group, 68 (57,6%) did not developed cholelithiasis and 1 (5,3%) developed cholelithiasis. In the GROUP B group, 50 (42,4%) did not developed cholelithiasis, while 18 (94,5%) developed this disorder (OR= 24,4, IC95%= 3,1-189,4, p< 0,001). In the GROUP A group, 64 (92,6%) patients did not presented hepatic steatosis and 5 (7,4%) persisted with hepatic steatosis. In the GROUP B group, hepatic steatosis was not evidenced in 68 (100%) patients, however, it was significant to form cholelithiasis (p< 0,024). The others cormobities evalueted presented significative improvement. The results demonstrate that patients from NOC group, who had not received UDCA, had a higher chance of developing cholelithiasis when comparing with the patients from GROUP A group, who had received UDCA (OR= 24,4, IC95%= 3,1-189,4, p< 0,001).
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21852
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