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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/18759
Tipo: | Tese |
Título: | Efeito antipsicótico da associação da clorpromazina e ácido lipóico em modelo de esquizofrenia induzido pela cetamina em ratos |
Título em inglês: | Effects antipsychotics of chlorpromazine and lipoic acid association in schizophrenia model induced by ketamine in rats |
Autor(es): | Sampaio, Luis Rafael Leite |
Orientador: | Vasconcelos, Silvânia Maria Mendes |
Coorientador: | Vale, Otoni Cardoso do |
Palavras-chave: | Esquizofrenia;Hipocampo;Estresse Oxidativo;Eletroencefalografia;Ketamina;Clorpromazina;Ácido Tióctico |
Data do documento: | 6-Mai-2016 |
Citação: | SAMPAIO, L. R. L. Efeito antipsicótico da associação da clorpromazina e ácido lipóico em modelo de esquizofrenia induzido pela cetamina em ratos. 2016. 129 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. |
Resumo: | A esquizofrenia, síndrome neuropsiquiátrica caracterizada por comprometimento das funções cerebrais, apresenta, além de sintomas comportamentais, alterações eletroencefalográficas, está associada a uma desregulação das respostas imunológicas e componente oxidativo. No entanto, o papel do dano oxidativo nas alterações eletroencefalográficas presentes na esquizofrenia não está completamente esclarecido. Desta maneira, este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos antipsicóticos da associação de clorpromazina (CP) e ácido lipóico (ALA), em modelo de esquizofrenia induzido por cetamina (KET), em ratos. Foram utilizados ratos Wistar machos (200-300 g), tratados durante 10 dias e divididos em dois protocolos experimentais. No primeiro, os animais foram divididos em quatro grupos (n = 10) e tratados com solução salina (controle) ou cetamina (10, 50 ou 100 mg/kg). No segundo, os animais foram divididos em nove grupos (n = 10), tratados com solução salina (controle), ácido lipóico (100 mg/kg), cetamina (10 mg/kg), clorpromazina (1 ou 5 mg/kg) sozinha ou associada a cetamina (CP1 ou CP5+KET) ou associada ao ácido lipóico (ALA+CP1 ou CP5+KET). Para o eletroencefalograma (EEG), os animais foram submetidos a uma cirurgia estereotáxica para implantação de um eletrodo no hipocampo direito e tratados durante 10 dias consecutivos. As ondas cerebrais foram capturadas no 1º ou 10º dia para os grupos tratados somente com cetamina sozinha e no 1º, 5º ou 10º dia para os grupos tratados com clorpromazina sozinha ou associada a cetamina com ou sem ácido lipóico. Os testes comportamentais foram realizados no 8º dia (teste de campo aberto e labirinto em Y) e 10º dia de tratamento (inibição pré-pulso – IPP e testes neuroquímicos). Os resultados mostraram que a administração de cetamina (10, 50 ou 100 mg/kg) promoveu mudanças no poder espectral médio hipocampal das bandas delta, teta, alfa, gama low e gama high após tratamento agudo ou repetido. A clorpromazina sozinha ou associada ao ALA reverteu as alterações promovidas por KET10 para as oscilações hipocampais das bandas delta, gama low e gama high. Por outro lado, cetamina induziu hiperlocomoção, alterou a memória de trabalho e aumentou IPP, sendo esses efeitos revertidos pelo pré-tratamento da clorpromazina sozinha ou associação ao ALA. Além disso, administração de cetamina diminuiu GSH, elevou nitrito, a peroxidação lipídica e a concentração da MPO. Esses efeitos de KET foram revertidos pela clorpromazina e potencializados pelo ALA quando associado a CP1. Em conclusão, o tratamento com cetamina em ratos promove mudanças eletroencefalográficas, comportamentais e oxidativas no hipocampo e estas alterações podem estar relacionadas com a hipofunção dos receptores NMDA no sistema glutamatérgico e a clorpromazina sozinha ou associada ao ácido lipóico promove a reversão destes efeitos, mostrando uma atividade benéfica, como neuroprotetores. |
Abstract: | Schizophrenia, a neuropsychiatric syndrome characterized by brain functions impairment, presents besides the behavioral symptoms, electroencephalographic changes and it is associated with a dysregulation of immune responses and oxidative component. However, the role of the inflammatory and oxidative damage on the electroencephalographic alterations present in schizophrenia was not completely clarified. Thus, this study aimed to investigate the electroencephalographic, behavioural and neurochemical effects in the hippocampus of rats treated with chlorpromazine alone or associated with lipoic acid in the model of schizophrenia induced by ketamine. However, the role of oxidative damage in electroencephalographic changes present in schizophrenia is not fully understood. As a result, this study aimed to evaluate the effects of the antipsicotics association of chlorpromazine (CP) and lipoic acid (ALA) in the schizophrenia model induced by ketamine (KET) in rats. Wistar male rats (200-300 g) were tested. They were treated for 10 days and divided into two experimental protocols: At first the animals were divided into 4 groups (n = 10) and treated with saline (control) or ketamine (10, 50, or 100 mg/kg). In the second, the animals were divided into 9 groups (n = 10) treated with saline (control), lipoic acid (100mg/kg), ketamine (10mg/kg) and chlorpromazine (1 or 5 mg/kg) alone or and ketamine (CP1 and CP5+KET) or associated with lipoic acid (ALA+CP1 and CP5+KET). For the electroencephalogram (EEG), the animals underwent a stereotactic surgery for the implantation of an electrode in the right hippocampus and were treated for 10 consecutive days. The brain waves were captured at 1 or 10 days for the groups treated only with Ketamine alone and on the 1st, 5th or 10th day to the groups treated with chlorpromazine alone or in combination with ketamine with or without lipoic acid. Tests were performed on 8 day (open field test and in the Y maze) and 10 day treatment (prepulse inhibition - IPP and neurochemical tests). Our results showed that administration of ketamine (10, 50 or 100 mg/kg) induced changes in the average spectral power of hippocampal delta, theta, alpha, gamma low and gamma high bands after acute or repeated treatment. The chlorpromazine alone or associated with ALA reversed the changes promoted by KET10 for hippocampal oscillations of the delta, gamma low and gamma high bands. Moreover, ketamine induced hyper locomotion changed the working memory and increased IPP, and these effects reversed by pretreatment of chlorpromazine alone or association with ALA. Moreover, ketamine administration decreased GSH, increased nitrite, lipid peroxidation and the concentration of MPO. These effects by KET were reversed chlorpromazine and enhanced by the ALA when associated with CP1. In conclusion, treatment with ketamine in mice promotes behavioral, neurochemical, and electroencephalographic changes in the hippocampus and these changes may be related with the hypofunction of NMDA receptors in the glutamatergic system and chlorpromazine alone or associated with lipoic acid promotes the reversal of these effects, showing a beneficial activity as neuroprotective. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/18759 |
Aparece nas coleções: | PPGF - Teses defendidas na UFC |
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