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Tipo: Dissertação
Título: Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres de risco habitual de uma Maternidade de referência do Ceará
Título em inglês: Obstetric interventions during labor and childbirth in low-risk women of a Ceará reference maternity
Autor(es): Medeiros, Maxsuênia Queiroz
Orientador: Carvalho, Francisco Herlânio Costa
Palavras-chave: Avaliação de Serviços de Saúde;Trabalho de Parto;Parto;Obstetrícia;Parto Humanizado
Data do documento: 23-Fev-2016
Citação: MEDEIROS, M. Q. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres de risco habitual de uma Maternidade de referência do Ceará. 2016. 90 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.
Resumo: A assistência obstétrica tornou-se cercada de procedimentos desnecessários e invasivos, na tentativa de minimizar seus efeitos deletérios a Organização Mundial da Saúde em 1996 categorizou as práticas de assistência ao parto e nascimento em: demonstradamente úteis e que devem ser estimuladas (Categoria A), claramente prejudiciais ou ineficazes e que devem ser eliminadas (Categoria B), práticas que não possuem evidências para apoiar sua recomendação (Categoria C) e as que são frequentemente utilizadas de modo inadequados (Categoria D). Este estudo visa caracterizar a assistência obstétrica durante o trabalho de parto e parto em mulheres de risco habitual na Maternidade Escola Assis Chateaubriand – UFC. Estudo de corte transversal, realizado entre abril de 2014 e janeiro de 2015, com 421 parturientes de risco habitual, admitidas em trabalho de parto espontâneo ou induzido, com feto vivo na admissão e gestação única, de termo, com conceptos pesando entre 2.500 e 4.499g. O instrumento de coleta de dados foi divido em blocos com características sóciodemográficas, clínicas e obstétricas, assistência ao trabalho de parto, parto e nascimento, morbidade materna, desfecho materno e as práticas obstétricas da categoria A e da categoria B executadas e resultados perinatais. Os valores foram apresentados como média ± desvio padrão. O teste do qui-quadrado foi utilizado para verificar associações entre os grupos. Para a comparação das variáveis contínuas foi utilizado o Teste t de Student e o t de Student não pareado para variáveis escalares ou teste de U de Mann-Whitney. Sendo considerado estatisticamente significativo um valor de p < 0,05. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética sob número 957.050. As práticas obstétricas da categoria A mais prevalentes foram ocitocina no terceiro estágio (97,1%), partograma (95%), métodos não invasivos para alívio da dor (87,2) e presença de acompanhante (84,6%). Enquanto as mais prevalentes da categoria B foram: mais de um toque vaginal em 2 horas (50,4%) e infusão intravenosa (44,9%) e ocitocina no primeiro e segundo estágio do trabalho de parto (28%) das pacientes. As “Boas práticas” foram mais prevalentes nas mulheres da via de parto vaginal, as cesarianas acabam por ficarem mais propensas a cursarem com intervenções obstétricas da categoria B. Entre os grupos de parto normal e cesariana os resultados maternos apresentam pouca diferença significante exceto pela infecção puerperal que foi mais prevalente no grupo de parto abdominal, entre os recém-nascidos os piores desfechos (reanimação na SP, oxigênio, UTI e Apgar inferior a 7 no primeiro minuto) foram mais frequentes no grupo que nasceu por cesárea.
Abstract: Obstetric care has become surrounded by unnecessary and invasive procedures in an attempt to minimize the deleterious effects the World Health Organization in 1996 categorized the delivery and birth care practices: demonstrably useful and should be encouraged (Category A) clearly harmful or ineffective and should be eliminated (Category B), practices that do not have evidence to support their recommendation (Category C) and which are often used in inadequate way (Category D). This study aims to characterize the obstetric care during labor and delivery in normal-risk women in the Maternity School Assis Chateaubriand - UFC. cross-sectional study, carried out between April 2014 and January 2015, with 421 mothers of normal risk, admitted in spontaneous or induced labor with a live fetus at admission and single pregnancy, term, with fetuses weighing between 2,500 and 4,499 g. The data collection instrument was divided into blocks with sociodemographic and clinical characteristics, obstetric care during labor, delivery and birth, maternal morbidity, maternal outcome and obstetric practices in Category A and Category B executed and perinatal outcomes. The values ​​are presented as mean ± standard deviation. The chi-square test was used to examine associations between groups. To compare continuous variables we used the Student t test and the Student t test for unpaired scalar variables or Mann-Whitney test. It is considered statistically significant a value of p <0.05. The study was approved by the Ethics Committee under number 957 050. Obstetric practices category most prevalent were oxytocin in the third stage (97.1%), partograph (95%), non-invasive methods for pain relief (87.2) and an accompanying person (84.6%). While the most prevalent category B were more than a vaginal ring over 2 hours (50.4%) and intravenous infusion (44.9%) and oxytocin on the first and second stage of labor (28%) patients. The "best practices" were more prevalent in women of vaginal birth via caesarean sections eventually become more prone to coursing with obstetrical interventions in category B. Among the normal delivery and cesarean groups maternal results show little significant difference except for infection puerperal which was more prevalent in the abdominal delivery group among newborns the worst outcomes (resuscitation in SP, oxygen, ICU and Apgar score below 7 in the first minute) were more frequent in the group that was born by cesarean section.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16280
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