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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação dos desfechos renais em pacientes graves de unidade de terapia intensiva em uso de propofol ou midazolam: análise de escore de propensão
Autor(es): Leite, Tacyano Tavares
Orientador: Libório, Alexandre Braga
Palavras-chave: Lesão Renal Aguda;Nefropatias;Diálise
Data do documento: 2015
Citação: LEITE, T. T. Avaliação dos desfechos renais em pacientes graves de unidade de terapia intensiva em uso de propofol ou midazolam: análise de escore de propensão. 2015. 39 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015.
Resumo: Introdução: O propofol tem demonstrado efeito renoprotetor contra as lesões de isquemia / reperfusão em cenários experimentais, entretanto as evidências clínicas de tal efeito limitam-se a pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. Não há dados sobre seu potencial em reduzir eventos renais nos pacientes criticamente enfermos de Unidades de terapia intensiva (UTIs) clínicas.Métodos: Os dados foram obtidos a partir do banco de dados on-line, Intelligent Monitoring Multiparameter in Intensive Care (MIMIC-II), entre os anos de 2001 e 2008. Foram incluídos pacientes adultos em sua primeira internação na UTI, com necessidade de ventilação mecânica e em sedação com propofol ou midazolam. Um modelo de análise de escore de propensão (1:1) foi utilizado para tratamento estatístico dos dados e os desfechos – Incidência de lesão renal aguda (IRA), oligúria, balanço hídrico cumulativo e necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) - foram avaliados durante os primeiros 7 dias de internação na UTI. Resultados: Após o balanceamento estatístico, 703 pacientes em sedação com propofol eram comparáveis a 703 pacientes em sedação com midazolam. A incidêcnia de IRA nos primeiros sete dias de internamento na UTI foi significativamente inferior nos pacientes em uso de propofol quando comparados aos pacientes em uso de midazolam (OR: 0,58, 95% intervalo de confiança [IC], 0,47-0,73). O uso de propofol como sedativo esteve relacionado a proteção contra IRA independente do critério diagnóstico utilizado: débito urinário (OR 0,637, IC 95% 0,516-0,786); creatinina sérica LRA (OR 0,683, 95% CI ,546-0,854). Os pacientes que receberam propofol apresentaram oligúria com menor frequência (12,2 vs. 19,6%, p <0,001) e diuréticos prescritos com menos frequência (8,5 vs 14,2%, p = 0,001). Além disso, durante os primeiros 7 dias de internação na UTI, os pacientes que receberam propofol atingiram um balanço hídrico acumulado > 5% dos peso corporal com menos freqüencia (50,2 vs. 58,6%, p = 0,002). A necessidade de TRS nos primeiros 7 dias de UTI também foi menos frequente nos doentes tratados com propofol (OR 0,571 IC 95% 0,341-0,955). A mortalidade na UTI foi inferior nos pacientes em sedação com propofol (14,5 vs 29,7%, p <0,001). Conclusão: Nessa grande amostra de pacientes críticos pareados por um modelo de propensão, os pacientes em sedação com propofol tiveram um menor risco de desenvolver IRA, assim como desenvolveram menos complicações relacionadas ao acúmulo de fluidos e necessidade de TRS.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/13761
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