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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/10524
Tipo: | Tese |
Título: | Alterações comportamentais, neuroquimicas e metabólicas causadas pelo uso agudo e de doses repetidas de Hoodia Gordonii em roedores |
Autor(es): | Citó, Maria do Carmo de Oliveira |
Orientador: | Sousa, Francisca Cléa Florenço de |
Palavras-chave: | Anorexia;Transtornos de Adaptação;Ansiedade |
Data do documento: | 2014 |
Citação: | CITÓ, M. C. O. Alterações comportamentais, neuroquimicas e metabólicas causadas pelo uso agudo e de doses repetidas de Hoodia Gordonii em roedores. 2014. 178 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014. |
Resumo: | Hoodia gordonii passou a ser consumida há séculos, com o intuito de promover uma redução do apetite e da ingestão de água e comida, e até os dias atuais é utilizada para este fim, em diversos países. O presente estudo buscou investigar possíveis alterações comportamentais e metabólicas em roedores tratados com Hoodia gordonii, em diferentes períodos de tratamento. Para avaliar o peso corporal do animal, ratos foram pesados diariamente, no período do tratamento e mensurado o peso, a ingestão de água e comida. Para investigar as alterações comportamentais (ansiedade e depressão) e neuroquímicas, os camundongos foram submetidos aos tratamentos de 1, 8 e 15 dias com Hoodia gordonii por via oral (25 e 50mg/kg), e em seguida realizados os testes comportamentais de Labirinto em Cruz Elevado (LCE), Campo Aberto (CA) e outros grupos de camundongos foram submetidos ao teste do Nado Forçado (NF). Com intuito de investigar o envolvimento com o sistema monoaminérgico, no efeito de H. gordonii sobre a depressão, os camundongos foram pré-tratados com antagonistas específicos para receptores de dopamina D1 e D2, de noradrenalina α1 e α2, de serotonina 5HT1A, 5HT2A/2C, 5HT3A no teste do nado forçado. Além disso, outros grupos de camundongos foram pré-tratados com Hoodia gordonii por 1,8 e 15 dias e uma hora após tiveram o corpo estriado removido para análise da concentração de monoaminas, através da técnica de HPLC e o hipocampo para realização de experimentos de estresse oxidativo, por quantificação dos níveis de glutationa reduzida, atividade da enzima catalase, níveis de nitrito/nitrato e malonildialdeído. Foi realizado também teste de citotoxicidade pelo método colorimétrico do MTT e estudo de genotoxicidade (DNA) em linfócitos humanos. Os resultados revelaram que o extrato reduziu o peso corporal dos animais, bem como a ingestão de água e comida. Nos testes comportamentais, observou-se um possível efeito ansiogênico no LCE. No teste do campo aberto ocorreu uma redução da atividade locomotora no 15° dia de tratamento e no teste do nado forçado um efeito antidepressivo-símile nos três tempos de tratamento, observado pela redução do tempo de imobilidade. Este efeito antidepressivo foi revertido com o pré-tratamento de antagonistas noradrenérgicos, serotonérgicos e dopaminérgicos utilizados no estudo. O extrato promoveu um aumento na concentração de noradrenalina e serotonina em corpo estriado de camundongos após 1 dia, e aumento de dopamina, noradrenalina e serotonina após 15 dias. Na avaliação do estresse oxidativo, não se observou alterações nos níveis de malonildialdeído (MDA), na concentração da enzima catalase, e da glutationa reduzida, e foi possível verificar uma redução na concentração de nitrito em ambas as doses utilizadas, em hipocampo de camundongos nos três tempos de tratamento. Não causou alterações histopatológicas hepáticas e renais em camundongos, após administração aguda nas doses de 550 e 2000 mg/kg. Nas concentrações de 50 a 200µg/mL não desenvolveu citotoxicidade e no teste de genotoxicidade não foi capaz de alterar o DNA celular de linfócitos humanos. Pode-se concluir que Hoodia gordonii mostrou resultados satisfatórios em roedores. Entretanto, é necessária a realização de outros estudos para garantir a segurança no uso do extrato e futuramente possa trazer benefícios à população. |
Abstract: | Hoodia gordonii has become consumed centuries, in order to promote a reduction in appetite, due to reduced food and water intake. Even today it is consumed in many countries. The present study investigated possible behavioral and metabolic alterations in rodents treated with Hoodia gordonii in different treatment periods. To evaluate body weight, the rats was weighted daily during the period of treatment and measured water and food intake. To investigate the behavioral (anxiety and depression) and neurochemical changes, the mice were tested for 1,8 and 15 days of treatment with Hoodia gordonii (25 and 50mg/kg, oral), the experimental models being performed in the Elevated Plus Maze (EPM), Open Field (OP) test and other group mice submitted the Forced Swimming (FN) test. In order, to investigate the involvement with the monoaminergic system, the mice were pretreated with specific dopamine D1 and D2; α1 and α2 of noradrenaline, serotonin 5HT1A, 5HT2A/2C, 5HT3A receptor antagonists in the forced swimming test. In addition, other groups of animals were pretreated with H. gordonii for 1,8 and 15 days and after one hour, the striatum were removed for HPLC analysis of monoamines and hippocampus for the experiments of oxidative stress, such as enzymatic activity quantification of low levels of glutathione, catalase enzime, nitrite/nitrate and malondialdehyde levels. The citotoxicity (MTT) and genotoxicity (DNA) test was conducted in human lymphocytes. The results showed that, the extract reduced the body weight of the animals, as well as, food and water intake. In the behavioral testing, Hoodia gordonii presented anxiogenic effect in the EPM, reduced locomotor activity on day 1, 8 and 15 of treatment and antidepressant-like effect after the first dose administration, with reduced immobility time. It was interacted with noradrenergic, dopaminergic and serotonergic receptors used in this study. The extract promoted an increase in levels of norepinephrine and serotonin in the striatum of mice after 1 day, and increased monoamines dopamine, noradrenaline and serotonin after 15 days. The oxidative stress was not able to alter the levels of malondialdehyde (MDA), catalase, reduced glutathione in the hippocampus of mice, reduced the concentration of nitrite in both doses used in the three treatment times. The cellular DNA of human lymphocytes was not changed. H. gordonii did not cause liver and kidney after administration of doses 550 and 2000 mg/kg histopathology changes. Concentrations of 50 at 200µg/mL did not develop citotoxicity and genotoxicity test, was not able to change the cellular DNA of human lymphocytes. It can be concluded that, Hoodia gordonii showed great results in rodents. However, other studies it´s necessary to ensure the safe use of the extract, and it can be approved or not in our country. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/10524 |
Aparece nas coleções: | PPGF - Teses defendidas na UFC |
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