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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/10523
Tipo: | Dissertação |
Título: | Violência contra idosos : uma análise de casos e notificações do município de Sobral-Ceará |
Título em inglês: | Violence against the elderly : an analysis of cases and notifications Sobral - Ceará municipality |
Autor(es): | Andrade, Abigail de Paulo |
Orientador: | Bezerra Filho, José Gomes |
Coorientador: | Feitosa, Regina Fátima Gonçalves |
Palavras-chave: | Idoso;Maus-Tratos ao Idoso;Vigilância em Saúde Pública |
Data do documento: | 2013 |
Citação: | ANDRADE, A. P. Violência contra idosos : uma análise de casos e notificações do município de Sobral-Ceará. 2013. 144 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2013. |
Resumo: | O estudo teve como objetivo caracterizar a notificação de violência contra idosos no município de Sobral, Ceará. Trata-se de um estudo transversal, realizado com as notificações de violência contra idosos realizados pelo CREAS e/ou pelo setor saúde de Sobral, em 2011 e 2012. Catalogaram-se 311 notificações, que foram submetidas à análise descritiva e ao programa SPSS, para realizar a estatística bivariada e multivariada. O CREAS foi responsável por 98,1% de todas as notificações. 52,1% das denúncias foram realizadas pessoalmente, principalmente por familiares da vítima (28%) e em 49,8%, não foi solicitado anonimato. A situação de violência foi confirmada em 215 (69,1%) denúncias. Desses casos confirmados, 87,4% aconteceram na zona urbana de Sobral, com destaque para os bairros Centro e Sinhá Sabóia. Os casos de violência ocorreram principalmente na residência (95,8%), onde 35,8% dos idosos sofreram múltiplas violências. A tipologia mais frequente foi a psicológica (67,4%) e apresentou-se reincidência em 27,4% das situações. As vítimas foram principalmente do sexo feminino (65,6%), na faixa etária de 60 a 79 anos (68%), recebem aposentadoria (54,9%), mora com família (82,8%) e não apresentam dependência para AVD (49,3%). O agressor frequentemente era do sexo masculino(60,4%), na faixa etária de 30 a 49 anos (27%), filhos da vítima (63,7%), morando com ela (68,8%), utilizam álcool e/ou drogas (47,4%). Entre os casos concluídos foram necessárias 1 a 6 meses (43,5%) de acompanhamento, 1 a 5 visitas (75,5%) e foi obtida superação da situação de violência em 39,4% dos casos. Houve associação entre o tipo de violência e faixa etária da vítima (p=0,00), sexo do agressor (p=0,00) e residir ou não com a vítima (p=0,00). O modelo que se ajustou aos respectivos desfechos foi: os casos confirmados de violência: quando o denunciante é a própria vítima, ou uma pessoa da comunidade, ou instituição, não ser denuncia anônima, não ser negligência ou ser violência psicológica. Nos casos de violência exclusivamente do tipo psicológica: não apresentar dependência para AVD, o agressor ser do sexo feminino e a vítima não morar com familiares. No grau de complexidade da medida adotada ao agressor: sofrer violência psicológica ou financeira e o agressor ser filho da vítima. Para melhorar as notificações é necessário integração entre os serviços, uma maior capacitação dos profissionais, bem como estudos qualitativos sobre o tema. O combate da violência contra o idoso é construído com estudos investigativos, para obter dados fidedignos, que sirvam o suporte para políticas públicas eficientes; debates reflexivos; campanha educativa sobre o envelhecimento e divulgação das ações da rede, para a sociedade exercer sua cidadania contribuindo no combate da violência. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/10523 |
Aparece nas coleções: | PPGSP - Dissertações defendidas na UFC |
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