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Tipo: Dissertação
Título: Luzia-Homem: a construção de simulacros identitários
Título em inglês: Luzia-Homem: the construction of identity appearance
Autor(es): Athayde, Natália Silva
Orientador: Saraiva, José Américo Bezerra
Palavras-chave: Appearance;Identity;Olympio, Domingos, 1850-1906. Luzia-homem – crítica e interpretação;Olympio, Domingos, 1850-1906 – Personagens;Personagens literários – Ceará;Identidade social
Data do documento: 2014
Instituição/Editor/Publicador: www.teses.ufc.br
Citação: Athayde, N. S.; Saraiva, J. A. B. (2014)
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo verificar a existência ou a inexistência de uma unidade identitária para o ator Luzia-Homem no romance homônimo de Domingos Olímpio. Sendo assim, ao longo deste trabalho, acompanhamos os processos de constituição da identidade desse ator, tomando como ponto de partida, primordialmente, a oposição masculinidade x feminilidade, amalgamada já no complexo que dá título ao livro. Para isso, analisamos os simulacros de Luzia construídos tanto na dimensão do enunciado enunciado, quanto na da enunciação enunciada, convocando as categorias de cada nível do percurso gerativo do sentido pertinentes para a descrição das diversas feições que Luzia assume conforme o ator que a julga e lhe confere identidade ou conforme as estratégias adotadas pelo enunciador para falar dela, Luzia. A teoria de base utilizada é a da Semiótica greimasiana considerada clássica, mas servimo-nos também de alguns elementos da Semiótica das Paixões, teoria consubstanciada por Greimas e Fontanille, em livro de mesmo nome, e das reflexões de Eric Landowski acerca da dinâmica identitária e dos quatro processos básicos que lhe dão forma, a saber: a assimilação, a exclusão, a segregação e a admissão. Assim, buscamos averiguar se existe, no âmbito da enunciação enunciada, uma invariante identitária que perpasse todas as imagens parciais da sertaneja, construídas nas interações de que ela participa. Ao longo deste trabalho, verifica-se que a feminilidade de Luzia é afirmada na grande maioria dos simulacros. Entretanto, no âmbito da enunciação enunciada, novos temas e figuras são instaurados de modo a construírem outros simulacros. Com base nos resultados obtidos, pudemos constatar que, por um lado, na dimensão do enunciado enunciado, os simulacros parciais descritos constituem um políptico, o qual permite perceber os vários pontos de vista que recaem, separadamente, sobre Luzia, atribuindo-lhe identidade; por outro lado, na dimensão da enunciação enunciada, tem-se a construção de um simulacro dinâmico, que se transforma e se reconfigura constantemente, inviabilizando assim a fixação de uma unidade identitária da personagem-título na esfera do enunciatário-leitor do romance.
Descrição: ATHAYDE, Natália Silva. Luzia-Homem: a construção de simulacros identitários. 2014. 113f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2014.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/10510
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